Desvendando os 5 mitos da endoscopia para encarar o exame sem medo.

A endoscopia é um procedimento importante para identificar possíveis problemas no sistema digestivo de forma precoce. Indicada em casos de dor frequente, queimação, dificuldade para engolir ou sinais de sangramento, a endoscopia pode fornecer respostas claras para desconfortos que prejudicam a qualidade de vida do paciente. Além disso, o exame auxilia na detecção precoce de problemas mais graves, sendo uma medida preventiva que traz segurança e tranquilidade.

Existem mitos em torno da endoscopia que podem gerar medo e resistência entre os pacientes, levando muitas pessoas a adiarem ou evitarem o exame. No entanto, a endoscopia é essencial para identificar precocemente diversas condições, como úlceras, gastrite e até câncer.

O Dr. Flávio Braguim, endoscopista do Hospital Santa Catarina – Paulista, desmistifica os principais mitos sobre a endoscopia e explica o funcionamento do exame na prática. Confira!

1. A endoscopia é extremamente dolorosa

Mito. Na maioria das vezes, a endoscopia é realizada com sedação consciente ou profunda, garantindo que o paciente não sinta dor. De forma geral, os pacientes não se lembram do procedimento e, no máximo, podem sentir um desconforto na garganta após a endoscopia, semelhante a uma dor leve na garganta.

2. É um procedimento muito demorado

Mito. A endoscopia leva de 15 a 30 minutos para ser realizada. Considerando o preparo e a recuperação da sedação, o tempo total que o paciente passa na clínica ou hospital varia de 1 a 2 horas.

3. Há exposição à radiação durante o exame

Mito. A endoscopia não utiliza radiação. O endoscópio é um tubo flexível com uma câmera na ponta, que transmite imagens para um monitor, permitindo a visualização do interior do trato digestivo sem a necessidade de radiação.

4. A endoscopia sempre exige internação hospitalar

Mito. Na maioria dos casos, a endoscopia é um procedimento ambulatorial. O paciente realiza o exame, se recupera da sedação e recebe alta no mesmo dia.

A endoscopia ajuda a identificar diversas doenças no trato gastrointestinal superior Imagem: Magic mine | Shutterstock

5. A endoscopia só é feita para diagnosticar câncer

Mito. Além de diagnosticar câncer no trato gastrointestinal superior, a endoscopia é utilizada para identificar e tratar uma variedade de doenças, como úlceras, gastrite, esofagite, refluxo gastroesofágico e outros problemas. Também é empregada na remoção de pólipos benignos.

Preparo para a endoscopia

O jejum adequado é essencial para a segurança e eficácia da endoscopia. É necessário ficar em jejum de alimentos sólidos por 8 horas antes do exame e informar ao médico sobre todos os medicamentos utilizados. Líquidos claros podem ser consumidos até algumas horas antes do procedimento.

Como é feita a endoscopia

No dia do procedimento, é importante levar exames anteriores, histórico de saúde e um acompanhante. O paciente é posicionado de lado e recebe a sedação intravenosa. O endoscópio é inserido pela boca e guia-se suavemente através do esôfago, estômago e duodeno, permitindo visualizar o interior do trato digestivo e realizar biópsias, se necessário.

Cuidados após a endoscopia

Após o exame, o paciente é monitorado na sala de recuperação até despertar da sedação. Recomenda-se iniciar a alimentação com líquidos claros e alimentos leves, evitando refeições pesadas. O paciente não deve dirigir, consumir álcool ou tomar decisões importantes nas 24 horas seguintes ao procedimento. Em caso de sintomas como dor abdominal intensa, febre ou sangramento, é recomendado procurar assistência médica.

Por Vanessa Amarante